13/09/13

Os Miseráveis (Les Misérables)

Direcção: Tom Hooper.
Roteiro: William Nicholson, Alain Boublil, Claude-Michel Schönberg, Herbert Kretzmer.
Elenco: Hugh Jackman, Anne Hathaway, Russell Crowe, Amanda Seyfried, Sacha Baron Cohen, Helena Boham Carter, Eddie Redmayne, Aaron Tevit, Samantha Barks, Colm Wilkinson

Este filme estreou a 1 de Fevereiro de 2013.

Os Miseráveis conta uma envolvente história de sonhos desfeitos e amor não correspondido, paixão, sacrifício e redenção - um testemunho eterno da sobrevivência do espírito humano. Jackman interpreta o ex-prisioneiro Jean Valjean, perseguido por décadas pelo implacável policial Javert (Crowe) depois que ele viola sua liberdade condicional. Quando Valjean concorda em cuidar de Cossete, a jovem filha de Fantine (Hathaway) que é funcionária de uma fábrica, suas vidas mudam para sempre.

TRAILER:

OPINIÃO:
Há uns tempos que queria ver este livro mas ainda estava na dúvida se queria ler primeiro o livro ou ver o filme. Ontem tive um instinto e decidi vê-lo mesmo sem ter lido o livro. Não sei se algum dia irei ler o livro mas com certeza que, pela história do filme, eu iria gostar de o ler, pelo que acho que ver o filme foi mais um incentivo para perseguir o desejo da leitura que uma desistência da mesma. Devo dizer-vos que eu sempre adorei filmes que envolvessem muita música, quer fossem musicais, quer fossem sobre dança...e acho que este acabou de se tornar o meu musical favorito.

A história em si é bastante simples: um simples homem que viveu 19 anos como escravo por ter roubado um pedaço de pão é solto e toda a história se desenrola em volta dele. Com a sua fuga da liberdade condicional, a sua perseguição pelo general Javert e pelos acontecimentos que o levam a adoptar uma pequena criança quando esta fica sem a mãe. Todo este enredo principal é interligado com histórias secundárias como a de uma mãe que faz tudo por uma filha, a dos estudantes que querem fazer a revolução, a dos pais de Eponine, donos de uma estalagem e meros ladrões, de uma história de amor não correspondido e de uma história de amor incondicional. Todos estas pequenas histórias com grandes personagens são embelezadas pelo facto da maioria dos diálogos ser cantado em vez de falado. Seria de esperar que tivesse estranhado esse facto mas não, achei simplesmente belo. Dei por mim a chorar uma imensidão de lágrimas em alguns momentos fortes que o filme, nomeadamente as mortes que acontecem. Acho que as melodias, mais que o diálogo, tocam o coração intensamente fazendo com que o espectador sinta as emoções de forma mais profunda. Toda a história é magnífica e está muito bem contada e interpretada por estes fantásticos actores.

Tenho que felicitar os actores por terem filmado as cenas sem recorrer ao playback. Concordo que tornou a cena mais real mas sei que deve ter sido dez vezes mais difícil do que se tivessem apenas a fingir que cantavam durante as filmagens.

A minha personagem favorita do filme é a Eponine. Não sei porque mas qualquer coisa nela despontou em mim uma empatia que perdurou durante todo o filme. Acho que de alguma forma tenho uma admiração por mulheres fortes e ela com certeza é, não fisicamente mas psicologicamente, aguentando dentro de si todos os sentimentos que nutre pelo Marius, tendo o seu coração partido quando se apercebe que ele está a apaixonar-se por outra. Os momentos de Eponine foram dos que mais me trouxeram lágrimas aos olhos. A ''On my Own'' é das músicas que mais gostei do filme estando a Samantha Barks de parabéns pelo sentimento que conseguiu transmitir com essa cena. Para quem não sabe do que falo, deixo-vos o vídeo dessa mesma actuação.



Outra actriz que está de parabéns é a Anne Hathaway. Apesar de não aparecer na maior parte do filme, as partes em que aparece especialmente a sua interpretação da ''I Dreamed a Dream'' são fantásticas. Adorei a força que ela transmitiu à personagem e por isso mesmo acho que foi digno do Óscar que ganhou.


Outros que estão de Parabéns são com certeza o Hugh Jackman por um esplendoroso papel principal, o Russel Crowe por ter cantado, coisa que eu nunca imaginei que ele fizesse, o Eddie Redmayne e a Amanda Seyfried pelo belo par amoroso que fizeram e pelas belas e melodiosas vozes, Aaron Tevit pela força que transmitiu a Enjolras e a todos os outros actores que de uma forma ou de outra deram melodia a este musical. 
É um filme que recomendo a toda a gente, quer pela mensagem quer pela música. Só esperem ficar com lágrima no canto do olho (ou rio de lágrimas no meu caso!) em alguns momentos críticos do filme. E para finalizar deixo-vos mais uma das músicas que foi sem dúvida especial neste filme, onde todos eles mostram como são bons.



4 comentários:

  1. Eu amei o filme e fartei-me de chorar no cinema:P Normalmente costumo aborrecer-me um pouco na primeira vez que vejo os musicais mas, ao contrário da maioria das pessoas, não houve um único momento do filme em que eu pensasse "eles nunca mais se calam".
    A minha canção preferida é o "Empty chairs at empty tables" e o Eddie Redmayne cantou-a com tanta emoção!
    Amei mesmo e tenho a banda sonora toda no meu mp3:) Beijos

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    1. Ao menos eu vi em casa que assim não fiz cenas por chorei como uma madalena. Sim, também não pensei isso, acho que foi especial por ser 98% cantado.
      Também gosto muito dessa, mas não podia pôr aqui as músicas todas do filme :p
      Agora deste-me uma grande ideia, também vou pô-la no meu *-*

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    2. Eu tive sorte que o cinema não estava muito cheio e estava tudo a fungar:P Sim, são todas muito boas:)
      Beijos

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    3. É impossível não ficar com a lágrima no olho com este filme (:

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